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domingo, 13 de setembro de 2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Pedra de Ingá



A pedra do Ingá é um monumento arqueológico com cerca de 50 metros de comprimento e 3 de altura com várias inscrições e desenhos que representam animais, frutas, constelações e figuras curiosas, muitas com significados não desvendados. Ainda não se sabe com precisão sobre a origem dos desenhos. Há os que defendem que foram feitos por indígenas habitantes da região há milhares anos e os que acreditam terem sido feitos por extraterrestres. 
A formação rochosa está localizada no município de Ingá, Paraíba, a mais ou menos 100km da capital de João Pessoa e 40km de Campina Grande.

domingo, 5 de julho de 2020

Ruínas da Igreja de Nossa Senhora de Bonsucesso



Ruínas da igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, construída no final do século XVIII pelos padres da Ordem dos Carmelitas no município de Lucena, litoral da Paraíba. Entrelaçada e sustentada por uma imponente gameleira, a igreja resiste ao tempo e ao abandono escondida na Mata Atlântica, onde o acesso se dá por meio de trilhas. Mesmo nessas condições, a igreja, ou o que restou dela, ainda recebe muitos visitantes turistas e fiéis, principalmente moradores locais, devotos de Nossa Senhora do Bonsucesso. O local é patrimônio cultural do Estado.

Diz uma lenda que aquela árvore se originou dos restos mortais de um padre que foi executado no local.

domingo, 21 de junho de 2020

Benoit Bistro



Uma coisa bastante comum entre os que gostam de viajar é conhecer um pouco da culinária local, o que em alguns casos também inclui conhecer bons restaurantes. É claro que comigo não é diferente. Por volta de 2013 comprei um guia de restaurantes de Paris indicados pelo renomado chef francês Alain Ducasse, com várias fotos e dicas interessantíssimas de vários tipos de estabelecimentos, desde pequenas lanchonetes a badalados e luxuosos restaurantes. O que primeiro me despertou interesse no guia foi o sugestivo título "Amo Paris" e em seguida as fotos e dicas, muito bem elaboradas e convidativas. Pouco tempo depois comprei as edições de Londres e Nova Iorque. No ano seguinte, quando estava em Nova Iorque, baseado no guia fiz uma lista dos restaurantes que queria conhecer e entre eles um me chamou a atenção por fazer parte também do guia de Paris, o Benoit Bistro. Foi o restaurante que escolhi para ir na noite do meu aniversário e acho que a escolha não poderia ter sido melhor. Uma maravilha em todos os sentidos. A partir daí ficou a curiosidade e vontade de um dia conhecer o original, em Paris. 


Então, dois anos depois eu estava novamente na cidade Luz, dessa vez sozinho e pela terceira vez e não poderia deixar passar a oportunidade. Na verdade quem me conhece sabe que a coisa que mais me desanima quando viajo sozinho é jantar sem companhia em algum restaurante. Não tenho problema com nada mais, mas jantar fora em viagem é algo que considero bastante deprimente, portanto pensei várias vezes se iria ou não e, na minha última noite na cidade decidi ir, mesmo sozinho, jantar no Benoit.


Fundado em 1912 no coração de Paris, a poucos metros do Hotel de Ville, o Benoit é um dos mais antigos bistros da cidade. Com muita história e tradição, pertenceu à família Petit por quase um século, passando de geração em geração, até que em 2005 foi adquirido por Alain Ducasse, do qual seus restaurantes possuem juntos mais de 20 estrelas Michelin, sendo o Benoit um deles. A partir de então o restaurante passou a ter mais fama, charme e requinte, com ambiente aconchegante muito bem decorado no estilo clássico parisiense, com seus bancos vermelhos, quadros e espelhos, além da excelente culinária. Atualmente, além de Paris e Nova Iorque há um Benoit bistro em Tóquio. 
Como Tóquio é uma das cidades que estão na minha lista de próximos destinos, um lugar para ir na capital japonesa já está definido. 
Portanto, quem for a alguma dessas cidades e quiser ir a um restaurante legal, essa é a minha dica. O preço é intermediário.

sábado, 13 de junho de 2020

CRACÓVIA, POLÔNIA (PARTE 1) 🇵🇱🇵🇱🇵🇱


Uma cidade parada no tempo.



Muro com grafite no antigo bairro judeu de Kazimierz, em Cracóvia.


A cidade de Cracóvia, polo turístico e cultural da Polônia, parece ter parado no tempo, carregando uma aparência um tanto sombria e fria, legado de sua história no período da Segunda Guerra Mundial, o que também se pode perceber em Varsóvia, a capital do país. Prédios antigos, ruínas, ruas vazias e bairros com aspecto de abandono são bastante comuns na cidade. Além disso as pessoas parecem carregar em si esse “peso” e frieza no semblante e no olhar. Há algum tempo eu já possuía interesse por aquele período da história, especialmente pelo que envolvia Cracóvia. E essa atração, bastante influenciada por grandes obras do cinema, como “O Pianista”, do polonês Roman Polanski e o clássico “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg, além de livros marcantes como “Depois de Auschwitz”, biografia de Eva Schloss, foi o que me levou a visitar a Polônia, em novembro de 2017, em continuação a um roteiro de viagem que eu havia iniciado um ano antes na Alemanha. Na verdade a minha passagem pela Polônia foi curta, pouco mais de uma semana, mas suficiente para enxergar, captar e entender um pouco do lugar e o que se passou ali. Aqui um pouco do que pude registrar nas minhas andanças pela cidade de Cracóvia. 


Algum lugar de Cracóvia


Podgórze, distrito onde ficava localizado o gueto dos judeus.


Podgórze


Ruínas de prédio em Kazimierz, o antigo bairro judeu de Cracóvia.


Portal que que liga a Rua Florianska ao Barbakan, uma fortificação medieval no centro da cidade. 


Fragmento do gueto de Cracóvia em Podgórze


Praça Bohaterów, local onde eram selecionados os judeus que seriam transportados para os campos de concentração. Nesta praça está o monumento das cadeiras, uma homenagem de Roman Polanski para lembrar os judeus que tiveram que sair de suas casas levando seus pertences. Na mesma praça fica a Farmácia da Águia, única farmácia da qual os habitantes do gueto tinham acesso durante a ocupação.


Praça no centro de Cracóvia


Detalhes da Avenida das Estrelas de Cracóvia, com as marcas de algumas personalidades do cinema mundial, como Stellan Skarsgard e Roman Polanski. Fica na colina ao lado da famosa estátua do dragão cuspidor de fogo, o Dragão de Wawel.


Praça da Velha Sinagoga de Cracóvia, no bairro Kazimierz.


Patrícia, uma peruana super gente boa que mora no Japão e que conheci num ônibus a caminho de Auschwitz. Fizemos então a visita juntos e ao retornar a Cracóvia jantamos em um restaurante na Praça do Mercado. Em seguida fomos dar uma volta pela cidade enquanto ela esperava a hora para ir a estação de trem, pois mais tarde iria partiria rumo a Paris, de onde retornaria ao Japão.


Um rápido encontro no HardRock Café Kraków com os amigos de João Pessoa, Lara e Juan, o casal @sortopelomundo. Interessante que estávamos fazendo praticamente o mesmo roteiro por alguns países, mas em sentido inverso e após algumas semanas a viajar de cidade em cidade, nos encontramos em Cracóvia para um drink e bater um papo. Eu acabara de chegar na cidade e eles já estavam de partida naquela madrugada rumo a Berlim. 


Artistas de rua na rua Florianska


Citadel de Cracóvia


A lendária Fábrica de Oskar Schindler, ao lado do antigo gueto.


Detalhe de rua em Kazimierz


Detalhe de muro em Podgórze


Rua deserta e com vários prédios abandonados em Podgórze.


Praça do Mercado, principal praça de Cracóvia, onde está localizada a Torre do Relógio, o mercado de tecidos, a pequena igreja de São Adalberto e a imponente Basílica de Santa Maria.



Auschwitz Museum. Milhares de sapatos de prisioneiros de Auschwitz, na cidade de Oswiecim, uma pequena cidade a 50km de Cracóvia onde fica localizado o que foi o maior campo de concentração e extermínio do período nazista. 


Corredores do temido campo de concentração de Auschwitz.


segunda-feira, 8 de junho de 2020



Fim de tarde na cidade medieval de Berna, Suíça. Ao fundo o Zytglogge, icônico relógio construído no século XIII no centro da principal rua comercial e turística da cidade antiga. Alguns metros após a passagem sob o relógio fica o Einsteinhaus, casa onde morou Albert Einstein, que hoje funciona como um museu e possui um pequeno café no térreo bem agradável. Achei a cidade super interessante e charmosa, ideal para passar uns dias, principalmente para quem planeja ir também a Interlaken, embora muitos digam não ter gostado de Berna por ser pequena, pacata, fria e cara. Bem, isso tudo é verdade, mas gosto é algo relativo. Talvez uma lida nos estudos da Teoria da Relatividade de Einstein lá no Einsteinhaus ajude a compreender melhor, ou provavelmente faça desentender tudo que pensava que entendia.

sábado, 6 de junho de 2020

TREM NOTURNO DE LISBOA



16 de outubro de 2015. Últimas horas em Lisboa. Na plataforma 5 da estação Gare do Oriente o relógio marcava 21:32. O coração batia extremamente acelerado por eu haver chegado a tempo para o trem que sairia em dois minutos, bem como pela ansiedade de uma aventura envolvida de mistérios, inspiração e outras coisas mais que estava para começar. Nada era acaso e teve origem por volta de um ano antes quando Raimund Gregorius, um professor suíço de latim encontrou um bilhete de trem no casaco de uma mulher que ele havia salvo de suicídio em uma ponte de Berna, no filme “Trem noturno para Lisboa”, do diretor dinamarquês Bille August, adaptação do best seller (Nachtzug nach Lissabon), do suíço Pascal Mercier. 
No meu caso Lisboa era o ponto de partida e o destino não era Berna, onde eu estivera dois anos antes.
Já a bordo, alguns outros viajantes solitários como eu liam, escreviam, ouviam música, dormiam ou simplesmente olhavam pela janela a paisagem noturna quase imperceptível, enquanto um grupo de russos e uma família de brasileiros um pouco à frente falavam sem parar. 
Recordo bem da luz dourada e dos dois guardas a conversar sob a neblina quando o trem parou rapidamente na estação de Coimbra, mas não consigo lembrar do livro que eu estava a ler.
Após quase 11 horas de viagem desembarquei na estação Chamartín em Madrid. A partir daí é uma outra história...